Crosta Terrestre ( 6º ano)
Foi em 1909 que o geofísico, sismólogo e meteorologista croata AndrijaMohorovicic (1857 - 1936) que chegou à conclusão da existência de diferença entre o manto e a crosta terrestre. O cientista observou que havia mudança na velocidade sísmica entre a crosta e o manto. Esse fenômeno de transição foi denominado descontinuidade Mohorovicic ou simplesmente Moho, marcando o limite entre o manto e a crosta da Terra. Crosta Oceânica A crosta oceânica recobre 60% da superfície do Planeta e tem pelo menos 180 milhões de anos. É a mais jovem as camadas da Terra. A sua espessura não ultrapassa 20 quilômetros em direção ao núcleo, sendo formada, principalmente por basalto. Crosta Continental A crosta continental é formada principalmente por granito, a crosta continental tem pelo menos 2 bilhões de anos e recobre 40% da superfície terrestre. Sua espessura chega a pelo menos 50 quilômetros em direção ao núcleo.
A crosta continental corresponde 0,4% da massa terrestre e permanece em expansão. Além do granito, é composta por quartzo, urânio, calcário e potássio. As demais camadas da Terra são o manto, núcleo externo e núcleo interno. As camadas de nosso Planeta permanecem em constante interligação. Assim, a crosta terrestre e a parte superior do manto formam a litosfera, cuja profundidade varia conforme a localização: na parte continental ou oceânica. Da mesma forma que ocorre com a profundidade, a temperatura entre as camadas também varia à 24 medida em que se aproxima do núcleo. Placas Tectônicas É importante destacar que crosta terrestre não é o mesmo que placas tectônicas. Existem 12 placas tectônicas na formação continental atual da Terra. As placas flutuam sobre o magma pastoso e pelo formato geoide do Planeta, se encontram muitas vezes. O deslocamento resulta das forças que provêm do núcleo terrestre. Ao início desse movimento, na Era Mesozoica, havia menos placas. Foi a constante flutuação que influenciou e determinou as alterações no relevo atual da Terra ao longo de milhares de anos.
As bordas das placas tectônicas permanecem em movimentação constante, o que influencia diretamente em sua modificação. Manto Terrestre O manto terrestre formou-se há pelo menos 3,8 bilhões de anos e é composto, principalmente, por rochas e minerais ricos em ferro e magnésio. Essa é a camada mais espessa de nosso Planeta, com espessura aproximada de 2,9 mil quilômetros.É dividido em manto superior e manto inferior. O manto superior vem logo abaixo da crosta terrestre e permanece a temperaturas médias de 100º C. Já no manto inferior, a temperatura pode superar 2000º C.A diferença de entre as duas subcamadas está na consistência das rochas, que é medida por meio de ondas sísmicas.
Núcleo
O núcleo é a camada mais profunda da Terra. Pelo menos 80% do núcleo é composto por ferro e níquel. É dividido em duas subcamadas, o núcleo inferior e o núcleo exterior. Nesse local, a temperatura atinge até 6000º C.
Responda as questões abaixo:
1) Quais são as camadas da Terra?
2) O que é crosta terrestre?
3) O que são crosta continental e oceânica?
4) Explique de que forma ocorreu a formação da crosta terrestre.
5) Quais características apresentam a crosta oceânica, a continental e a litosfera?
6) Quais características apresenta o núcleo terrestre?
Tipos de rochas:
As rochas são formadas por um conjunto de minerais. Nelas podemos encontrar vidro, sal, dentre outros. As rochas simples são formadas por um único tipo de mineral, como o mármore. As rochas compostas possuem mais de um mineral, como o granito. Para classificarmos as rochas, podemos dividi-las em três diferentes grupos: rochas sedimentares, rochas magmáticas e rochas metamórficas.
No interior da Terra encontramos uma camada chamada magma, que é uma rocha muito quente, derretida em razão da alta temperatura lá existente. Esse magma são as lavas que podemos ver saindo dos vulcões.
Quando o magma chega à superfície terrestre em forma de lava, acontece seu resfriamento, formando assim as rochas magmáticas.
O granito e o basalto são tipos de rochas magmáticas. Mármore branco As rochas sedimentares são formadas por sedimentos de areia, argila e cascalho que se locomovem com as águas das chuvas e através dos ventos ou pelo calor do sol.
Esses fragmentos de outras pedras, pequenos pedacinhos, caem nas águas dos rios e dos mares, se alojam e o acúmulo dos mesmos forma as rochas sedimentares.
Essas rochas são muito interessantes, pois trazem em si partes dos fósseis ou resto dos mesmos, ficando com aparência de obras de arte. Isso acontece porque no fundo dos rios e oceanos existe vida, plantas e animais que são cobertos com os fragmentos que vêm de fora e com o tempo formam as rochas sobre os mesmos. Essas rochas são usadas na fabricação de telhas, tijolos, artigos e peças de arte, como vasos de cerâmica e porcelanas. 26 Os fósseis são restos de animais ou plantas que ficaram presos nas rochas e que não foram destruídos devido à proteção das mesmas.
Dessa forma, as bactérias decompositoras não conseguem atingir os mesmos para se alimentarem e destruí-los, o que mantém a preservação dos mesmos nas rochas como se tivessem sido esculpidos ou desenhados.
Granito As rochas metamórficas são formadas por outros tipos de rocha (magmáticas e sedimentares), que se modificam com o tempo. Essa modificação acontece quando elas entram nas camadas profundas da Terra e, devido ao calor existente, sofrem alterações ou ainda, porque estavam embaixo de outras rochas mais pesadas que ajudaram na sua modificação.
O solo:
O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais...e...plantas. Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies.
O solo serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção agrícola. Entre os fatores que contribuem para a caracterização do solo estão o clima, a incidência solar, a rocha que originou o solo, matéria orgânica, cobertura vegetal, etc.
O solo pode ser classificado em arenoso, argiloso, humoso e calcário.
Solo arenoso: possui grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente ele é pobre em nutrientes.
Solo argiloso: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade agrícola.
Solo humoso: chamado em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso é muito adequado para a realização da atividade agrícola.
Solo calcário: com pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua composição, o solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões desérticas. A composição do solo interfere na agricultura 27 Portanto, as características do solo influenciam diretamente na prática da agricultura e no desenvolvimento socioeconômico de um determinado lugar. Porém, é importante destacar que técnicas agrícolas têm adaptado alguns solos para o cultivo, através da introdução de nutrientes.
Outro aspecto que deve ser pontuado é a poluição do solo, que é causada principalmente pelo lixo despejado em lugares inadequados e pelos agrotóxicos utilizados nas plantações.
Formas de degradação do solo:
O processo de degradação do solo apresenta-se sob variados aspectos e proporciona perda de produtividade e impactos na dinâmica socioambiental. O processo de degradação do solo pode ocorrer de várias maneiras diferentes, geralmente resultantes de seu mau uso e conservação por parte das atividades humanas.
A ocorrência dessas situações pode estar associada ao esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros fatores. As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse problema se apresenta, são:
1. Desertificação A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde a pluviosidade não é maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração. A desertificação recebe esse nome porque provoca uma mudança da paisagem para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não necessariamente a área formada possa ser considerada como tal. Embora esse problema apresente algumas causas naturais, como o clima e a predisposição para a sua ocorrência, os seus principais determinantes estão associados às práticas antrópicas, tais como o desmatamento, as queimadas, o uso intensivo do solo pela agropecuária, mineração, irrigação incorreta, entre outros.
2. Arenização A arenização é, muitas vezes, confundida com a desertificação, mas se trata de fenômenos diferentes. A arenização consiste na formação de bancos de areia em solos já de consistência arenosa em regiões que, diferentemente das áreas que se desertificam, apresentam climas mais úmidos e com maiores volumes de chuva, onde a infiltração e o escoamento da água são superiores aos índices de evaporação. As causas para o processo de arenização estão, sobretudo, relacionadas com a remoção da vegetação, que protege e firma os solos. Assim, as chuvas vão gradativamente lavando o terreno e removendo os seus nutrientes em um processo que pode ser ainda mais intensificado pela prática exaustiva da agricultura ou da pecuária. No Brasil, esse processo é bastante comum na região Sul.
3. Processos erosivos A erosão é um dos mais conhecidos tipos de degradação do solos. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pelas práticas humanas e que consiste no desgaste dos solos e das rochas com posterior transporte e deposição do material sedimentar que é produzido. Os processos erosivos, além de alterarem a forma do relevo formando crateras que podem ocupar grandes áreas, também são responsáveis pela retirada de nutrientes dos solos. Em alguns casos, a lavagem excessiva da camada superficial pela água das chuvas – processo chamado de lixiviação ou erosão laminar – torna os solos mais ácidos ou improdutivos. Além disso, as erosões também estão associadas a problemas de movimentação de massas e desabamento de encostas. 28
4. Salinização A salinização consiste no processo de aumento dos sais minerais existentes, a ponto de afetar a produtividade dos solos de uma determinada região. Esses sais minerais apresentam-se na forma de íons, tais como o Na+ e o Cl- , sendo mais comuns em áreas de clima árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são muito acentuadas. Resumidamente, a ocorrência da salinização está relacionada com a prática da irrigação que se utiliza de água com elevado teor de sais (lembrando que os sais minerais estão sempre presentes na água, a exemplo do potássio e muitos outros). Assim, com a evaporação da água, os sais acumulam-se no solo e aumentam a sua salinidade. Outras causas possíveis para a salinização são a elevação acentuada do nível freático e a evaporação de águas salgadas ou salobras acumuladas de mares, lagos e oceanos.
5. Laterização A laterização consiste no acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando a composição e a aparência dos solos. Esse processo é resultante, principalmente, da alteração da camada superficial pelo intemperismo químico associado à sua lavagem exaustiva pela lixiviação. O processo de laterização é mais comum em áreas úmidas e quentes de climas tropicais e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos, pois a vegetação ajuda a proteger os solos do elevado desgaste proporcionado pela água das chuvas. Apesar de ser importante para a formação dos latossolos, a laterização pode ser considerada um problema de degradação ambiental, pois dificulta a penetração de raízes e diminui a fertilidade.
6. Poluição direta e contaminação A poluição direta ou contaminação consiste na alteração química da composição dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis. Trata-se de um problema eminentemente antrópico e causado pelo uso excessivo de agrotóxicos, defensivos e fertilizantes na agricultura e também pela infiltração de materiais orgânicos poluentes em áreas de lixões, aterros sanitários e até em cemitérios, onde há uma elevada taxa de formação de chorume. Além de tornar os solos improdutivos e afetar a qualidade de vida da população que vive sobre eles, esse tipo de contaminação pode afetar o lençol freático, a vegetação de uma determinada localidade e até a fauna, prejudicando o funcionamento dos ecossistemas. Para isso, é preciso haver uma maior conscientização social e a adoção de medidas de diminuição da poluição dos solos e de seus recursos naturais.
A degradação dos solos torna-os improdutivos e prejudica as atividades humanas e naturais
Responda as questões:
1) É comum na agricultura a adição de húmus a um solo pouco produtivo, uma vez que esse composto traz muitos benefícios, tais como: retém a umidade do solo por mais tempo, funciona como reservatório fixo de nitrogênio, promove a liberação de nutrientes lentamente, além de impedir a compactação de solos argilosos e promover a agregação de solos arenosos. 29 O húmus é um componente do solo e é formado a partir da:
A) decomposição de restos orgânicos pelos micro-organismos do solo.
B) fragmentação da rocha em decorrência de elevadas temperaturas.
C) mistura da água de chuva com os minerais provenientes da rocha.
D) transformação dos minerais primários em minerais secundários.
2) Na parte de cima da crosta terrestre encontra-se o(a):
A) manto.
B) núcleo.
C) rocha-mãe.
D) solo.
3) Relacione os tipos de solo às suas características.
( 1 ) Solo arenoso.
( 2 ) Solo argiloso.
( 3 ) Solo humífero
( ) Tem cor escura, é fonte de nutrientes para as plantas e retém muita água (permeável).
( ) Contém muita areia, é seco e não favorece o desenvolvimento das plantas (muito permeável).
( ) Contém muita argila, é úmido e barrento ( pouco permeável).
A relação correta de cima para baixo é:
A) 3, 1, 2
B) 2, 3, 1
C) 1, 2, 3
D) 3, 2, 1
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